Às vésperas da reinauguração do Autódromo Internacional de Brasília, marcada para 30 de novembro, o Arquivo Público do DF abriu suas portas para a memória. Fotografias, documentos e registros raros foram reunidos para contar — com riqueza de detalhes — a trajetória de um dos espaços mais emblemáticos da capital.
Inaugurado em 3 de fevereiro de 1974, o autódromo carregou por décadas o papel de palco de corridas, treinos, eventos e histórias que marcaram gerações. Depois de 11 anos de portas fechadas, à espera de reformas que finalmente saíram do papel, o espaço se prepara para um novo capítulo.
Entre os tesouros resgatados estão imagens dos últimos ajustes antes da primeira inauguração, o registro de um carro de Fórmula 1 cruzando o asfalto brasiliense e a corrida do Grande Prêmio Juscelino Kubitschek, realizada como parte das comemorações da própria criação de Brasília. Fragmentos de tempo que revelam a grandeza de um projeto que sempre fez parte da vida cultural e esportiva do DF.
O acervo, segundo o Arquivo Público, reúne mais de mil imagens que dão corpo e textura à história da cidade. “É uma coleção única, que vai desde os primeiros momentos das obras até os anos 2000. São preciosidades históricas que ajudam a entender a evolução de Brasília”, explica a equipe.
Os historiadores Elias Manoel da Silva e Victor Hugo Tambelini revisitaram a gênese do autódromo, concebido pelo então Departamento de Estradas e Rodagem do DF (DER-DF). Uma construção que nasceu de uma visão ousada e hoje volta ao centro das atenções, pronta para receber de novo o público e escrever novas memórias.





